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Tailândia Norte

Etapa 2 do país:

Como relatado no início do post da Tailândia, regressamos para o país vindo do Myanmar, no dia 30 de março de 2017, quinta-feira. Voamos de Yangon para Chiang Mai (13:25 h / 19:20 h), via Don Muang (DMK), aeroporto de Bangkok.


'Chiang Mai « rosa do norte » é a sexta maior cidade da Tailândia. É a capital cultural do norte do país e capital da província de Chiang Mai. Situa-se aproximadamente a 800 km ao norte de Bangkok, numa região montanhosa.' Internet.

Nos instalamos no Pingviman Hotel. Muito bem localizado, bem no centro da cidade, dentro da “Old City”. A Cidade Velha, murada e cercada por fossos, é o coração cultural de Chiang Mai, com complexos de templos centenários como o Wat Phra Singh e o Wat Chedi Luang.



O hotel, assim como o quarto eram sensacionais:






A piscina e a academia eram de primeiríssima qualidade. A sauna era estranha pois os difusores de calor eram ao lado dos bancos. O café da manhã, excelente! O hotel ainda fornecia bicicletas de graça. Foi uma excelente pedida para rodar pela “Old City” e visitarmos os templos. O restaurante deixou a desejar pois pedimos comida “NO spicy”, mas não adiantou. Finalizando, o Mr Moon ( foto abaixo) da agência de turismo do hotel era uma simpatia só e compramos com ele a nossa ida de “private car” para Chiang Rai:



No dia 31 de março fizemos um tour pela “Old City” de bike.



'O templo Wat Phra Singh, fundado no século XIV é um dos mais belos na cidade velha de Chiang Mai. Também conhecido como “temple of the lion Buddha”, Wat Phra Singh está entre os locais mais visitados.'


O templo é uma paz incrível. Diferente dos demais, pelo silêncio e por ter ainda, estátuas de cerâmica representando monges e que são perfeitas.











'Wat Chedi Luang, construído no século XIV, foi o templo onde esteve guardada a relíquia mais importante da Tailândia, o buda de esmeralda, antes de ter sido transferida para o Palácio Real em Bangkok. Este complexo é composto por um enorme chedi (an alternative term for a Buddhist stupa, mainly used in Thailand), com aproximadamente 40 metros de altura, que originalmente tinha uns impressionantes 80 metros que, no entanto, não sobreviveram a um grande terramoto que afetou a zona de Chiang Mai.'


O templo, como os demais templos da Tailândia, também tem muito ouro e pagodas douradas. Difere dos demais por ter preservado uma muralha do templo original e por não permitir a entrada das 'ladies' em alguns lugares:






De todo o complexo arquitetônico, o templo mais moderno é o Wat Ho Tham. É magnífico com suas enormes colunas douradas e lustres:





Chiang Mai é muito diferente de Bangkok. Tudo aqui é bem zen, com muita tranquilidade e calma, não só dentro dos templos, mas em toda a cidade. Consegue ser ainda mais barato que o restante da Tailândia. Fizemos massagem de primeira por 30 reais.



No sábado fomos de “Red Car”, espécie de táxi da cidade, até o Doi Suthep. Na foto abaixo, também aparece a antiga muralha da cidade, que hoje em dia, delimita a 'Old City':




O templo fica distante cerca de 40 minutos do nosso hotel. No caminho paramos num “view point” da cidade.



O Wat Phra That Doi Suthep é um dos templos que está entre os mais bonitos do país, certamente. Começou a ser construído em 1386 no alto de uma montanha. São 306 degraus até o topo, todos bem decorados, na figura de dragões. O templo é muito show, assim como seus mirantes com vista para Chiang Mai.








A tarde tiramos as fotos necessárias para o visto do Laos e a noite visitamos o melhor mercado de rua de todo o Sudeste Asiático, na nossa opinião.

O Night Bazar, como dissemos, é incrível! Impressionante o tamanho e a variedade de produtos! Arrisco dizer que chega a ter mais de 1 km de lojas. É o mercado mais famoso do país. Fica praticamente ao lado da “Old City” e fomos a pé. Vende-se de tudo, como artesanato, roupas, antiguidades, comida, diga-se de passagem, com qualidade! Vimos até lagosta sendo vendida, bem como, lembranças de viagem, quadros de pintura, escorpiões, baratas, gafanhotos fritos, etc e mais um pouco...






E tudo barato, claro que sempre se consegue melhores preços barganhando e bastante. Não dá para ir em Chiang Mai sem passar por lá.


No domingo, rodamos 3 h de carro até Chiang Rai (4000 bahts) com direito a parada numa fonte termal, nos Templos Branco e Azul e por fim na Long Neck Village. Nosso motorista e guia foi o Mr. Moon, que nos vendeu o pacote. A primeira parada da viagem foi na Hotspring. As fontes termais são tão quentes que o nosso guia disse que eles até cozinham ovos nelas. Além disto, havia um laguinho onde podíamos colocar os pés. Estava quente, mas não fervendo.




Chegando em Chiang Rai, paramos no Wat Rong Khun (White Temple) que é realmente um espetáculo. Elegemos como sendo o templo mais bonito, que nós visitamos. Obra de arte. Não é suntuoso, mas é moderno e todo branco. Grandioso por fora e pequeno no seu interior, onde contém pinturas que representam o céu e o inferno. Tem até imagens tipo holograma, difícil de ver, do Bush e Bin Laden, retratando o bem × mal. Não são permitidos fotos no interior, mas em compensação, haja fotos do lado de fora! Pena que o tempo estava fechado, bem nublado. Se tivesse sol, céu azul... seria impossível parar de fotografar!
















Já o Templo Azul não deixa nada a desejar. O Rong Sear Tean Temple também é diferente e maravilhoso! Não havia lido nada na internet sobre esse templo antes da viagem para Chiang Rai e por sugestão do Mr Moon, fomos conferir e valeu muito a pena conhecê-lo:












Antes da ida para o hotel, ainda visitamos as famosas mulheres girafas. Cabe ressaltar, que nós não gostamos de contribuir com o turismo exploratório. Tanto assim, que deixamos de conhecer o Tiger Kingdom em Chiang Mai. “Mas como é a vida para esses magníficos felinos grandes? “Os tigres são forçados a viver em um ambiente não natural e têm que suportar interações com um fluxo constante de turistas”, diz a PETA”.

Fomos na Karen Long Neck Village e explicarei o porque. A tribo das mulheres-girafa refugiou-se na Tailândia, vindos do Myanmar fugindo da perseguição étnica e religiosa. Como o país não as reconhece, elas vivem isoladas e só podem sair da vila para escolas, hospitais, igrejas e afins. Segundo o governo tailandês elas não são refugiadas e tem liberdade para sair. É uma triste realidade a destas mulheres. O alongamento do pescoço é uma ilusão, pois o que a argola faz não é alonga-los e sim com o peso das mesmas (até 10 kg) baixar as clavículas das mulheres. Importante ressaltar que as crianças não são obrigadas a usar as argolas. Ou seja, as mulheres girafas não são escravas e nem vivem em cárcere privado. O que nos fez visita-las, foi em primeiro lugar porque a patroa gostaria, logo, sem chance de negar e segundo, poder ajuda-las com o valor do ingresso e também comprando artesanato. É a única fonte de renda delas. E pudemos conferir a pobreza da vila e até da escola:








Finalmente chegamos ao hotel, de nome Dusit Island Resort. Muito bonito com excelente infraestrutura, ótima piscina, academia e sauna excelentes. Café da manhã maravilhoso e custo X benefício excepcional pois era um cinco estrelas com diária de 70 dólares. A foto abaixo é da piscina as margens do rio Mae Kok:



No dia 03 de abril às 10 h em ponto fomos numa condução VIP, daquelas bem chiques, até o Anantara Golden Triangle Resort. Navegando pela internet durante a fase de planejamento, descobrimos que haviam hotéis no norte da Tailândia que recuperavam elefantes oriundos da exploração turística. O primeiro que vimos foi o Four Season Tented Camp:


Porém, o valor da diária era muito cara. Descobrimos então, o Anantara, um resort bem próximo ao acima e com um preço menos exorbitante.



O Anantara é TUDO de bom. 'Expensive' sim, mas nos demos este luxo e presente! É uma vez na vida que a gente pode acordar com o bramido dos elefantes no quintal, né. O tratamento e acolhimento do 'staff' é excepcional, além é claro da interação com os elefantes, que é inesquecível. Eles são recuperados de maus tratos anteriores e aqui são muito bem cuidados. No hotel tinha até um dos cafés mais caro do mundo: o que vem das fezes dos elefantes! "O café é vendido no Thailand's Anantara Resorts, mas atualmente há apenas 50 kg do produto disponíveis para compra. A bebida final tem aroma floral e sabor com notas de chocolate ao leite, nozes e frutas vermelhas.

O processo é surpreendente: o elefante come, digere e elimina alguns grãos, que são colhidos de suas fezes, moídos e levados à xícara. Isso porque, segundo pesquisas, as enzimas do animal quebram a proteína do café e deixa a bebida menos amarga".

Ms Tuk, gerente, foi uma simpatia só, assim como todos os demais funcionários do hotel. Piscina infinita, academia, sauna e restaurantes acima da média. Os aperitivos e os drinks servidos na piscina são maravilhosos, bem como, as três refeições, tudo incluído no pacote.








O passeio com os elefantes foi magnífico. Inicialmente participamos de um briefing sobre os elefantes e as ordens de comando. Estas últimas em vão, pois eram em Tailandês.





Como não havia aquela cesta de transporte, nós ficávamos sentados na cabeça do elefante com as pernas entre as orelhas. A sensação de ficar tão alto e solto é show! Para subir, eles colocam um joelho do elefante no chão que serve como um degrau para nós.



Durante o passeio, os guias vão nos acompanhando orientando os elefantes no caminho. Mesmo assim, eles param para comer capim e numa destas paradas um elefante “gritou” e o elefante da Carla chegou a apertar as pernas dela com as orelhas. Momento tenso...Uma turista americana que estava no grupo desistiu do passeio. Ficou com medo!










O melhor da nossa aventura foi o banho de rio. Neste momento, os guias também subiram nos elefantes e a maioria deles (elefantes) ficava só com a cabeça de fora da água, exceto o meu que mergulhou inclusive a cabeça.










Na terça-feira ainda pela manhã, visitamos de bicicleta do hotel, o Golden Triangle que fica bem pertinho, 5 minutos.




“The Golden Triangle designates the confluence of the Ruak River and the Mekong River, since the term has been appropriated by the Thai tourist industry to describe the nearby border tripoint of Thailand, Laos and Myanmar”.




Como era um ponto turístico, fomos conferir. De um mirante, conseguimos avistar bem a confluência dos dois rios citados acima que formam um triângulo e de onde vemos os três países (Tailândia, Myanmar e Laos):



Depois disso, com um passe livre dado pelo hotel, fomos visitar o Museu do Ópio, praticamente do outro lado da rua.



Interessantíssimo, tanto na arquitetura quanto ao rico acervo. Foi patrocinado pela esposa do finado rei, como uma maneira de ajudar na erradicação do cultivo da droga no norte do país. Esta região foi grande produtora do ópio, inclusive exportadora, principalmente para a China. Atualmente, só em Myamar, ainda existe o cultivo ilegal.



Dessa brilhante maneira, finalizamos a nossa estadia no Anantara. Partimos na mesma condução que nos apanhou em Chiang Rai, às 13h para Chiang Khong (última cidade que visitamos na Tailândia), na fronteira com o Laos, as margens do Rio Mekong, de onde iniciaríamos o cruzeiro até Luan Prabang. A hospedagem foi no Ibis Riverfront (50 USD$). Este hotel manteve o que já conhecemos da qualidade e padrão da rede:




Antes de finalizar, após 26 dias na Tailândia, gostaríamos de passar nossas impressões deste que foi o país que minha mulher mais gostou, em TODO o nosso mochilão.


A Tailândia é diferente e singular em todos os aspectos, seja das belezas naturais ou do seu povo. Vive hoje sob um regime militar o que parece ser comum por lá. “Já ocorreram 11 golpes e sete tentativas desde o fim da monarquia, em 1932, o que dá à Tailândia o duvidoso título de país mais propenso a golpes do mundo”.


Somente o motorista que nos levou para Chiang Rai comentou sobre a ditadura militar, mesmo assim sem críticas. Neste dia, batemos bastante papo com ele. Nós perguntamos sobre política, economia, educação e saúde.

“A Tailândia teve o maior crescimento econômico de sua história, com 8,4% ao ano entre 1990 e 1995, desde então, vem tentando se estabilizar economicamente conseguindo excelentes resultados, como o crescimento de 1999 até 2005.”

Supomos que deve ter havido bastante influência do rei na economia para ele ser tão venerado. A educação e a saúde são similares a nossa, segundo relatos do motorista, ou seja, boa educação e atendimento médico de qualidade, só nas redes particulares.


Embora muito pouca gente fale bem o inglês, é fácil de se comunicar com os tailandeses, principalmente os lojistas. Muito poucas vezes utilizamos o google tradutor, para o Tailandês.

O Budismo é a religião de mais de 90% dos tailandeses e as estátuas de Buda estão por todos os lados. Acreditamos que a religião tenha forte influência na boa educação do povo.


Três características bem notáveis no país são:

- Barraquinhas de comida na rua;

- Fotos do Rei (antigo e atual) e

- 7 Eleven (todo canto tem um, impressionante)


A comida na Tailândia é um pouco apimentada, nem tanto quanto a da Malásia, por exemplo. Um prato bem típico chama-se Phad Thai. “prato da cozinha tailandesa feito com macarrão de arroz cozido, camarões, tofu, amendoim picado, broto de feijão, alho, chili, condimento à base de peixe fermentado e ovos, tudo frito.” Tá na duvida do que comer, pede um desse, que não tem erro.


As Praias são maravilhosas e diferentes das nossas; a água é cristalina e morna, azul turquesa ou verde esmeralda e algumas até com corais como em Koh Lipe, KohTao e em Railay Beach, isto além de todas possuírem uma natureza exuberante.


Não vimos mendigos ou moradores de rua, ao menos eles não estavam no nosso circuito. Todavia, vimos turistas em escala. Muitos mesmo! O país recebe cerca de 30 milhões deles anualmente e é o mais popular entre os mochileiros do Sudeste Asiático. Bangkok é a mais visitada do mundo, como já falamos. Acreditamos que as principais causas do sucesso são:


1) segurança. Qualquer lugar e hora, nunca nos sentimos inseguros, mesmo não vendo policiais; praticamente inexistem crimes como assalto a mão armada e sequestros.

2) tudo é barato, como comida, transporte e acomodação;

3) o povo é muito receptivo e simpaticíssimo mesmo;

4) as praias são maravilhosas;

5) o clima é tropical e

6) a infraestrutura é boa para os turistas, pois mesmo quando foram precários, como alguns Long Tail Boat, são abundantes. A Tailândia não é mais um país pobre (5% vivem abaixo linha da pobreza) e até já passou o Brasil em termos de IDH, ocupando a 77° posição do ranking mundial.


Não foi à toa que a Carla achou o país, “The Best”. “Koh khun kup, Tailândia”


Saímos da Tailândia já querendo voltar...


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