Em 22 de janeiro de 2015, embarcávamos em mais uma aventura. Decolamos às 07:18 h no voo JJ 8074 da Latam, para Santiago. A duração do voo foi de 4:12 h. Com uma diferença de fuso de apenas 1 hora, chegamos as 12:30 h. Nos hospedamos no Hotel Pullman Santiago El Bosque (ex Atton).
Possui uma excelente localização no bairro El Golf. A estação de metrô Tobalaba e o shopping Costanera Center estão a apenas 350 metros. O café da manhã era muito bom com destaque para o favo de mel, in natura. Além disto, o quarto era enorme e a vista para os Andes, espetacular!
Dispúnhamos de somente 2,5 dias na capital já que embarcaríamos para Calama no dia 25. Então, no mesmo dia da chegada planejamos a visita ao Cerro San Cristóbal. Sabíamos que seria a melhor vista da capital do Chile e fomos lá conferir. Vimos que a caminhada desde o hotel parecia ser bem interessante, cerca de 7 km e também uma ótima oportunidade para conhecer o parque Santa Maria, bem ao meio do caminho. Encaramos e aproveitamos o belíssimo dia de sol que fazia. Para dar uma refrescada da caminhada, deitamos na grama, costume local pelo que pudemos observar.
O Parque Metropolitano, que abriga o Cerro San Cristóbal, é uma das principais atrações turísticas de Santiago e não poderíamos deixar fora do roteiro. A subida no teleférico é muito legal. Detalhe marcante é que pesquisando a origem do nome, descobri que denomina-se funicular a um tipo especial de caminho de ferro utilizado para subir grandes pendentes.
No parque também fica localizado o Zoológico da cidade, mas deixamos para uma próxima oportunidade, por não dispormos de tempo para visitá-lo. O mais interessante mesmo é a vista incrível da cidade. No alto do parque fica a imagem da ‘Virgen de La Inmaculada Concepción’, muita linda!
No dia seguinte, nós visitamos o Palácio La Moneda que é a sede do governo chileno. Seguimos andando 4 quadras para a Plaza de Armas, que está em frente à bela Catedral Metropolitana de Santiago. Ali perto também está o Mercado Central, que tem bastante coisa para ver e onde aproveitamos para almoçar, pois tem vários restaurantes deliciosos. Saboreamos a famosa centolla, o caranguejo gigante que é um prato típico do país.
Antes de voltarmos para o hotel, demos uma conferida no vizinho Shopping Costanera Center:
No dia 24, nós visitamos a vinícola Concha y Toro. Fora da região central de Santiago, mas muito popular. A vinícola não é só a mais famosa do Chile, mas também uma das mais expressivas do mundo. A vinícola oferece três tipos de visitas guiadas, onde se pode conhecer melhor o processo de fabricação do vinho, desde as fases iniciais até a final. Aliás, na parte final do passeio há degustação com direito a um 'regalo' de recordação.
Fomos de metrô/ônibus e foi facílimo de chegar lá. Pegamos o metrô e descemos na estação Las Mercedes, linha azul escura. De lá, pegamos o ônibus (Metrobus) "Viña Concha y Toro, Pza. Ponte Alto".
Havíamos comprado o tour pela internet. Seguem os dados da reserva:
Tour: MARQUES DE CASA CONCHA Idioma: ESPAÑOL Pesos chileno: $38000 USD: $76 *Disfruta de la degustación de 3 vinos Premium + 1 Marques de Casa Concha Etiqueta Negra!
En este tour podrás conocer la legendaria bodega de Casillero del Diablo y pasear por los dos bellísimos jardines de la viña: el de fines del siglo XIX de la antigua residencia de verano de la familia Concha y Toro y el de variedades – con más de 25 cepas de uvas viníferas-. Además, podrás disfrutar de la asombrosa vista panorámica del Valle del Maipo. El Tour Gran Reserva incluye una degustación de 3 vinos premium durante el recorrido más una degustación de Marques de Casa Concha Etiqueta Negra junto a uma tabua de quesos y una copa de regalo.
Foi muito legal a nossa visita. Primeiro pelo passeio desde o centro até a vinícola, conhecendo os arredores da cidade. Segundo, pela interessante visita às parreiras, o processo de fabricação e a estocagem. Terceiro e mais divertido foi na hora da degustação dos 4 vinhos.
O enólogo ou sommelier, não sei, que nos acompanhou, parecia que estava ‘borracho’ ao explicar-nos as várias qualidades de cada vinho. A gente ficou com uma vontade de rir danada da sua exposição, pelas caras e bocas que fazia, mas nos contivemos. Depois da degustação, NÓS é que ficamos bem "alegrinhos" com tanto vinho rsrs.
A adega dos principais vinhos da Concha y Toro é naturalmente climatizada. Fica no subsolo e tem até um áudio visual interessante sobre a lenda dos principais vinhos do dono. Nesse lugar, a temperatura varia apenas quatorze graus no inverno, dezesseis no verão, e detalhe, sem o uso de ar condicionado. O solo é de areia grossa e é regado semanalmente para manter elevada a umidade, que varia entre 70% e 100%.
'O vinho Casillero del Diablo é exportado para mais de 100 países e, para se ter uma ideia da monstruosidade dessa marca, só de vinhos cabernet sauvignon são produzidas mais de 1,5 milhões de caixas ao ano. Segundo a lenda, acima citada, seu fundador, Don Melchor Concha y Toro, começou a produzir vinhos de alta qualidade em 1883 e os guardava em sua adega pessoal. A excelência dos seus vinhos rapidamente se tornou conhecida e ele passou a ter problemas com alguns “visitantes de sua adega”, que entravam sorrateiramente para furtar vinhos de sua coleção. Para afugentar os indesejados visitantes, diz a lenda que Don Melchor difundiu entre os trabalhadores que o Diabo aparecia na adega. Conseguiu, assim, salvar seus melhores vinhos e deu vida a uma das maiores lendas da indústria mundial, que veio a se transformar em marca mundialmente reconhecida.' Internet.
Já de noite, jantamos no Aquí Esta Coco, que fica no bairro da Providência. Com um vasto cardápio voltado para pratos com peixes e frutos do mar, o restaurante é muito conhecido pelos brasileiros em Santiago. Além da comida, que é gostosa e bem apresentada, o local tem um ambiente aconchegante e acolhedor. Foi uma ótima opção para celebrarmos romanticamente a despedida desta ótima cidade.
Antes de concluirmos o relato de Santiago, gostaríamos de narrar dois eventos que marcaram bem a simpatia e educação do povo chileno.
De acordo com o que ‘O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou em dezembro de 2019, o relatório de IDH com dados de 2018, trouxe boas notícias para alguns países da América Latina, como o Chile, que lidera o ranking entre os países da região conquistando a 42ª posição, na sequência estão a Argentina (48ª) e Uruguai (57ª). Como comparação, mesmo com um leve crescimento em relação ao ano anterior, o Brasil caiu uma posição no ranking de IDH neste ano, passando de 78ª no ano anterior para a atual 79ª.’
O primeiro relato foi durante a chegada ao hotel após o nosso passeio inicial e cerca de duas quadras do mesmo, perguntei a um Sr todo engravatado onde ficava o hotel e ele fez questão de nos levar até lá. Ficamos impressionados com a gentileza dele. A outra narrativa memorável foi na saída do restaurante Aqui Esta Coco, quando paramos um taxi e pedimos para regressar pra ‘casa’. Como o hotel era novo na cidade, ele não conhecia o itinerário e recusou a corrida, pois não queria ficar "rodando" conosco. Ficamos com o queixo caído pela honestidade do motorista e logo em seguida um outro taxista nos levou.
No dia 25 de janeiro, embarcamos no voo Latam Airlines 156, saindo de Santiago às 10:00 h com destino a Calama. Chegamos às 12:05 h.
O trajeto de 101 km até São Pedro de Atacama fizemos em uma van contratada no próprio aeroporto. Aliás, compramos ida e volta, pois seria mais em conta.
‘O Deserto do Atacama ocupa uma grande área do norte do Chile e o principal ponto para ter como base para explorar suas belezas é San Pedro de Atacama. San Pedro, ou SPA, é um local bem pequeno e de estrutura limitada, que não possui aeroporto. O aeroporto mais próximo de San Pedro fica em Calama. Belíssimos lagos a mais de 4.000 metros de altitude, formações rochosas esculpidas pelo vento, vida selvagem, superfícies que se assemelham com a da lua, lagos em que não se afunda, curiosos vilarejos, sítios arqueológicos, deserto de sal e um céu... ah, um céu de tirar o fôlego, seja de dia, quando um azul intenso toma conta, seja de noite, quando milhares de estrelas protagonizam o espetáculo. O Atacama é palco de paisagens incríveis e muito variadas.’ Internet.
Devido a esta descrição acima, narrativa de alguns amigos que conheciam e super recomendaram o lugar e após termos lido várias reportagens sobre o Atacama, não poderíamos deixar de conhecer essa preciosidade. O nosso tour contratado na Desert Adventure, ainda do Brasil foi:
ITINERARY:
Jan 26: Valle de la Luna + Valle de la Muerte
Jan 27: Lagunas Altiplanicas y Salar de Atacama
Jan 28: Geisers del Tatio
Pagamos mais caro que se contratássemos no local. Dependendo da época do ano e da demanda você pode não encontrar vagas em todos os passeios desejados, por isso vale a pena pesquisar antes de viajar. Nossa sugestão é que, se não for alta temporada ou feriado, deixe pra comprar os passeios em SPA, pois a oferta será maior que a demanda.
Na principal rua da cidade, rua Caracoles, existem inúmeras agências de turismo, bem como possui bons restaurantes e muitas lojinhas de recordações. As ruas da cidade são bem estreitas e de terra batida. Demos sorte de pegar um arco-iris de boas-vindas!
A três quadras desta rua fica o hotel Lickana, nossa hospedagem. É um três estrelas de construção bem rústica, foto abaixo, com um quarto e café razoáveis. O que não é meia boca é o preço do hotel, já que este quesito no Atacama é bem inflacionado.
Nosso primeiro dia na cidade tiramos para conhecer a rua central, comprar lembranças e agendar os dois passeios que faltavam, o passeio de bicicleta até o sítio arqueológico Pukará de Quitor e o tour para admirar o céu a noite, a fim de curtir a lua e uma enorme quantidade de estrelas. O deserto do Atacama é famoso neste quesito, pois com o clima mais árido do mundo, baixíssima poluição do ar, associados à baixa umidade e à altitude elevada, oferece as condições perfeitas para observação do céu. Tanto assim que o ALMA (Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array, que poderíamos traduzir para algo como Grande Conjunto Milimétrico/Submilimétrico do Atacama), é simplesmente o maior projeto astronômico do mundo. Uma associação entre o ESO (European Southern Observatory), a estadunidense NSF (Fundação Nacional para a Ciência, na sigla em inglês) e institutos do Japão, Canadá, Taiwan e Coreia, deu origem a esse projeto audacioso, formado por 66 antenas de alta precisão, a 35 km de São Pedro do Atacama.
Infelizmente não viajamos na época certa para ver o tão famoso céu, pois deve ser evitado viajar no período de lua cheia, dando preferência a viagens na lua nova, pois nessa fase, a lua ilumina menos o céu e permite que vejamos mais estrelas. Mas mesmo assim, contratamos um serviço meia boca na Rua Caracoles, sendo por eles avisado que não faríamos o tour astronômico e somente uma observação do céu.
No dia 26 pela manhã, aproveitando que o passeio contratado até o Vale da Lua e da Morte seria vespertino, fizemos um passeio de bicicleta alugada até Pukara de Quitor.
O sítio fica a 3 km de San Pedro de Atacama. Apesar do calor, foi divertidíssimo passear de bike pelo deserto do Atacama. ‘O sítio trata-se de uma edificação de pedras construída no século XII, que tinha como objetivo ser como uma fortaleza (por isso está localizada em cima de um morro), além de servir como moradia e para armazenamento de alimentos. Pukará foi invadida pelos incas e posteriormente pelos espanhóis, por isso, muitas das construções estão hoje em dia desconfiguradas. O povo que vivia no local era simples e um tanto primitivo se comparados aos espanhóis, que possuíam cavalos e armas de fogo (que os moradores na época não conheciam).
O sítio arqueológico foi restaurado e é considerado monumento nacional’. Internet.
Existem duas trilhas no local, uma que leva às ruínas principais do sítio arqueológico e que leva cerca de 30 minutos para ser percorrida e uma outra trilha, um pouco maior, que leva cerca de 2h, ida e volta. Fizemos a trilha completa e do local mais alto pudemos ter uma vista privilegiada de São Pedro, do deserto e de um rio próximo que se destacava, pois era o único local da área que possuía vegetação ao seu redor.
Almoçávamos sempre na rua Caracoles. Lembramos o nome de um restaurante, o Adobe, mas a rua tem muita oferta e a maioria deles apresenta o menu e preço na porta, sendo assim, de fácil escolha. Inúmeras opções, inclusive de menus abrangendo três pratos: entrada, prato principal e sobremesa, com preços parecidos com os nossos no Brasil:
'Se tem um restaurante que faz sucesso em San Pedro de Atacama, esse restaurante é o Adobe. Ele é considerado um dos melhores lugares para fazer uma refeição na vila e certamente é uma boa opção para ir à noite, quando uma fogueira é acessa ao ar livre e muitas pessoas procuram o local para jantar e tomar uma bebida entre amigos. O Adobe é alegre e tem música ambiente agradabilíssima.
O restaurante é todo construído em adobe mesmo, que é um tipo de tijolo típico da arquitetura dessa região. Suas mesas são de madeiras e no lugar de cadeiras individuais há bancos compridos que acomodam algumas pessoas. Todas as mesinhas do Adobe são cobertas por um telhado, mas o ambiente é aberto e arejado, por isso recomendamos que você leve uma blusa de frio caso visite o local em uma noite mais fresca'. Internet.
Às 16 h saímos para o tour contratado:
“Half day tour. Afternoon departure from your hotel to the Valley of the Moon. Tour of the Cordillera de la Sal, followed by a visit to Death Valley. Then, in the Valley of the Moon, we will visit the salt statues "Las Tres Marias ", the salt mine and finally watch the sunset from the large sand dune. Ends with return to the hotels.”
‘O Vale da Lua recebeu esse nome porque acreditava-se que sua superfície se assemelhava com a da Lua; anos mais tarde, depois que o homem pisou na Lua, percebeu-se que a semelhança não era tão grande assim, mas o nome ficou e assim é conhecido hoje em dia: Vale da Lua.’
No passeio pelo Vale da Lua vimos muitas formações curiosas. Elas fazem parte da chamada cordilheira de sal e são formações compostas de sal, gesso e argila que ganham formas distintas devido à ação das chuvas e do vento. Entre os pontos de interesse turístico imperdíveis estão as Três Marias (uma formação que dizem que tem a forma de três mulheres) e cavernas de sal impressionantes. Veja as fotos:
A segunda parte do passeio foi o Vale da Morte. ‘Uma área de cânions e dunas, com formações enormes e pontiagudas. O visual mais impressionante que se tem é de cima, de um mirante que oferece uma vista panorâmica linda, de onde você pode notar os diferentes tons e camadas de sedimentos que formam o vale.’
A terceira e última parada do passeio foi à Pedra do Coicote, um local que tem um mirante excepcional. ‘Nessa área nossa visão tem um grande alcance das belezas do Atacama. Esse lugar tem um visual lindo para o pôr do sol e o céu fica rosado -o espetáculo de cores é fora de série.’
Embora seja costume dizer que não ocorrem chuvas no Atacama, é preciso ressaltar que na verdade chove sim, no deserto. As chuvas costumam acontecer em jan/fev e são consequência do que chamam de inverno altiplânico. O fenômeno é passageiro e rápido, mas acontece; e presenciamos algo incomum: chuva no deserto! Pior ainda, o frio que passamos na Pedra do Coicote. O guia até alertou para levarmos uma roupa de frio para assistirmos ao por do sol. Levamos, mas apenas uma roupa leve de frio. Porém, quase congelamos no mirante, pois ventava bastante. Foi difícil suportar o frio, mas como o cenário era imperdível, resistimos até o final.
No dia 27, nós fizemos o passeio abaixo:
‘Full day tour; departure from your hotel. We will begin with a visit in the town of Tocanao where you can see traditional crafts of the region of Atacama, made from llama fur, alpaca fur, cactus wood and volcanic stone. We will then visit the Salar de Atacama and the Laguna Chaxa, Laguna Miscanti and Laguna Miñiques, at an altitude of 4150 m above sea level. In the afternoon, we will stop in the town of Socaire where you can also photograph the little church of San Bartolomé. Tour includes breakfast.’
Começamos o passeio às 6h da manhã, quando nos buscaram no hotel. Ao todo percorremos cerca de 280 km. A parada na vila de Tocanao foi bem breve e ao todo levamos cerca de 2h de viagem para chegar as Lagoas Miscanti e Miniques.
A lagoa Miniques é a mais bonita. Cenário de filme. Possui águas azuis e calmas, proporcionando o reflexo na água dos morros ao seu redor. Essas lagoas estão a mais de 4.200 metros de altitude, fruto do degelo das Cordilheiras dos Andes. Na lagoa Miniques ainda tivemos uma parada para o café da manhã. Uma refeição nesse local deslumbrante é imperdível! O visual é demais e o café foi bem saboroso. Tiramos muitas fotos!
Um cenário sensacional, ainda mais com os morros cobertos por uma vegetação amarelada. Pesquisando, descobrimos que “A vegetação de loma, mais importante ecossistema da região, por exemplo, vive da umidade da névoa que se condensa na superfície das pedras. Pequenos arbustos e árvores de pequeno porte compõem a vegetação do deserto.”
Na segunda parada do passeio, nós visitamos o Salar de Atacama e a Lagoa Chaxa. É nesse local onde fica o deserto de sal do Atacama e a Lagoa Chaxa, uma lagoa salina com flamingos. O lugar é muito bonito e possui formações de sal irregulares, como o da foto. Caminhamos pelo Salar admirando os flamingos. Mais uma paisagem de cair o queixo.
Ficamos intrigados com o fato de o flamingo beber aquela água tão salgada, mas não é bem assim:
'Outra adaptação útil em flamingos é a capacidade de beber água quente e salgada. Durante o curso da alimentação normal, as aves absorvem água salgada e também a bebem. Eles são capazes de excretar o excesso de sal através de glândulas especiais ao lado de seus bicos'
A noite fizemos o passeio da observação do céu. Como mencionado anteriormente não fizemos o tour astronômico, como este por exemplo:
Mas mesmo assim valeu muito a pena. O grande diferencial para quem está a olho nu em uma área escura e não possui lunetas astronômicas é que no Atacama a gente consegue ver as estrelas no céu, praticamente desde o horizonte, em uma grande quantidade. Lembro que no Maranhão também vimos um céu bem estrelado, durante o nosso passeio nos Lençóis maranhenses, mas somente na área vertical das nossas cabeças e não próximo ao horizonte. É realmente mágico! No passeio até tinha uma luneta, não muito poderosa, mas mesmo assim vimos muitas estrelas famosas, tais como Sirius, que é a estrela mais brilhante e a Alfa-centauri, a mais próxima do Sol. Vimos também os anéis de Júpiter e até crateras na lua, que estava quase no seu período de cheia e como já mencionamos o ideal é a lua nova. Um amigo havia comentado comigo que quando ele havia feito o tour astronômico disseram que havia mais estrelas no céu que grãos de areia na terra. Vc concorda? Veja este estudo:
Há quem duvide.
No dia 28, nós fomos conhecer os famosos gêiseres.
‘Full day tour. We will depart very early in the morning from the hotel, and will arrive at 07:00 at the Tatio Geyser, which is 4320 m above sea level. There we will have breakfast and you will have the chance to walk around the geothermal field where you can bathe in the hot spring pools if you choose. On our way back to San Pedro, we will stop in Machuca, a typical village of shepherds in the Atacama. At the end of the tour, we return to the hotel.’
O tour começa bem cedo, mais ainda porque errei o horário. Normalmente as agências passam nos hotéis para buscar os turistas a partir das 4:30h da manhã. Mesmo sabendo que haveria correção do fuso horário, não sei exatamente o que aconteceu, sei que estávamos prontos na portaria do hotel desde as 3:30h. Que vacilo! Foram percorridos mais de 200 km até o destino e é necessário deixar SPA cedo, pra que seja possível ver o vapor saindo dos gêiseres, ou seja, fato que só acontece antes do sol nascer.
‘Os gêiseres são formações que costumam existir em regiões vulcânicas. Eles são como pequenos vulcões que têm erupções de água, expelida através de uma fenda. A água que sai dos gêiseres é bem quente e, quando em contato com o ar, gera vapor, que fica ainda mais evidente quando o ar está frio. Os gêiseres de Tatio são considerados o terceiro maior campo de gêiseres do mundo e são formações raras. Eles entram em erupção de tempos em tempos e podem, de uma hora para a outra parar de ter erupção, assim como um novo gêiser pode se formar a qualquer hora. Há gêiseres de todo tipo nesse campo, alguns bem grandes e impressionantes, outros menores e menos expressivos’. Internet. Mais fotos. Repare na foto do termômetro a friacaaa:
Na segunda parte do passeio, entrei no "Pozon Rústico", uma terma próxima aos gêiseres. A terma tem um tamanho razoável e água bem quentinha, mas muito cheia de turistas. Como estava muito frio, em torno de – 1 grau, foi difícil tomar a decisão de entrar na banheira. Mai aí está a comprovação... já a Carla correu dessa!
Depois de conhecer os gêiseres, fomos agraciados com paisagens deslumbrantes durante a descida até Machuca:
Nós fizemos uma parada no referido povoado, um local conhecido por ser a moradia de apenas algumas pessoas. Nesse povoado há mulheres que vendem churrasco de lhama e outras iguarias locais, como empanadas. Tiramos algumas fotos com a lhama que a sua dona alimentava com uma mamadeira. A igreja de Machuca é muito peculiar. Veja:
Nosso voo de regresso de Calama para Santiago foi no dia 29 às 13:20h, voo Latam 157. E para o Rio, decolamos às 17:54 h, chegando ao Rio às 22:59H, no voo JJ 8075, também da Latam.
Cabe ressaltar que o Atacama é imperdível por vários motivos, dentre os quais, nós brazucas entramos em contato com uma natureza exuberante e bem diferente: a de um deserto como o Saara, por exemplo. O Atacama possui uma magnífica diversidade com a sua vegetação de loma e a sua fauna muito rica e diferente do que conhecemos: flamingos, lhamas, alpacas, vicunhas, etc. Sem mencionar o céu mais estrelado a olho nu do mundo, as lagunas altiplânicas, os vales da lua e da Morte e os gêiseres. Muita atração para um lugar só e relativamente perto. Vale a pena conferir e tirar suas próprias conclusões deste cenário incomum.
Assim encerrávamos mais uma excelente aventura a dois, com muita diversão, amor, conhecimentos e principalmente, pra mim, com uma companheira e parceira maravilhosa.
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