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Indonésia





Seguindo o roteiro do nosso Mochilão, no dia 10 de fevereiro, desembarcávamos na Indonésia. Mais precisamente em Bali. Chegamos ao aeroporto de Denpasar às 21:30 h, no que é “o maior arquipélago do mundo, composto pelas Ilhas de Sonda, a metade ocidental da Nova Guiné e compreendendo no total 17 508 ilhas”.

'Embora a Indonésia seja um país muçulmano e adote a língua indonésia, Bali é um lugar exótico que se diferencia de todo o país. Seus moradores creem e praticam o hindu-balinês e corriqueiramente falam o balinês. Suas crenças são muito peculiares e cheias de tradições interessantes… A forma de enxergar o mundo é muito diferente!

Os balineses celebram a morte, acreditam em karma, participam de cortejos e todos os dias fazem oferendas para seus deuses.' Internet.

Percebemos também uma grande diferença para os países da Oceania que acabávamos de visitar. Pagamos cerca de 10 US$ pelo táxi até o hotel. Depois percebemos que daria para ir a pé. Sabe aquela sensação desagradável em que os taxistas ficam lhe oferecendo o serviço incessantemente...? É uma constante na ilha! Por onde a gente passava havia sempre alguém segurando a placa ou falando: TAXI. Nos hospedamos em Kuta, no Risata Bali Resort (60 USD$, a diária). Como as coisas são baratas na Indonésia, ficamos neste hotel 4 estrelas. Sua localização é excelente, pois ficava a 5 minutos do aeroporto. Próximo ao hotel tem um variado comércio com bares, restaurantes e várias casas de massagens. Porém, as praias de Kuta não são boas. Continuando sobre o hotel... o quarto e a cama são ótimos, bem espaçosos! O café da manhã é muito bom também. Percebemos aqui que as opções de comida asiática durante o café são enormes, com verdadeiras refeições como arroz, macarrão, peixes, etc. Impressionante o tamanho dos pratos da galera, levando à risca que a primeira refeição do dia tem que dar sustância rsrs. A piscina e os jardins do hotel são excelentes.



Muitos indianos e chineses fazendo turismo em Bali. Inclusive, a Carla salvou a vida de um senhor indiano que estava se afogando na piscina e nem obrigado ouviu! Foi um tumulto danado, depois do acontecido, mas deixaram a minha "mulher maravilha" no vácuo e se mandaram...

Vimos grupos enorrrrmmmeeesss de turistas chineses, barulhentos e por vezes até, desrespeitosos.


No sábado, fizemos um passeio a pé desde Kuta até Seminyak. Durou 2 horas. Aproveitamos para conhecer o comércio, as praias e trocar dinheiro (a moeda do país é a rupia, 1 USD$ = 13.300 IDR$). Almoçamos no restaurante The Haven, em Seminyak. Pedi o Nasi Goreng, que significa «arroz frito» e é considerado o prato nacional da Indonésia, e minha mulher comeu um salmão. Melhor dizendo "tira gosto de salmão", tão pequeno que era. Após o almoço, fizemos uma massagem para os pés.



Que delícia. Impressionante a quantidade de massagistas que vimos não somente na Indonésia, mas em todo o Sudeste Asiático. Foram muitos os tipos de massagem. Cada país com seu modelo tipico, sendo a tailandesa a mais peculiar e todas elas, sem exceção, foram baratas em relação às nossas. A massagem de Bali foi a primeira de muitas e a Carla aproveitou para fazer as unhas, mas o resultado não foi o dos melhores, assim como, das outras vezes posteriores. Este tipo de serviço deixa muito a desejar em relação ao nosso.

Outro fato que nos chamou a atenção foi a quantidade de motos na ilha:



No Dia 12 de fevereiro pela manhã sentimos um TREMOR de terra no nosso quarto. Os funcionários do hotel disseram que isto era comum, mas para nós foi muito esquisito. Durou bem pouco tempo, algo em torno de 2 ou 3 segundos, mas deu para ver até o lustre balançar.

Contratamos um passeio de carro particular de seis horas para conhecer as praias do sul da ilha. Vimos uma indicação de um motorista, Toby, no site do Cumbicão. Entretanto ele já tinha assumido um compromisso e nos indicou um substituto, Mr Bli. Saímos do hotel cerca de 11 h e a primeira praia do programa foi a Pandawa Beach. Esperávamos ver uma praia daquelas bem famosas de Bali, mas o que vimos nos impressionou, só que de outra maneira. Foi pela quantidade enorme de turistas que passeavam completamente vestidos pela pequena praia. A qualidade da água e areia são bonitas e uma faixa mais para esquerda da praia até não é tão cheia, onde conseguimos tirar uma boa foto.....



Outro fato curioso foi ver um grupo de turistas chineses adultos na faixa da arrebentação com coletes salva-vidas. Vimos muito isso, em muitas outras praias e piscinas. Dali seguimos para Dreamland Beach. que "dos sonhos" não tem nada. Essa praia fica dentro de um condomínio, onde vimos algumas lojas e hotéis abandonados. Deixamos o carro no estacionamento e pegamos um ônibus (shuttle) que nos deixou próximo à escadaria, que conduz a um corredor, ao lado de um rio que deságua na praia... ufa! Entendeu? Fato muito engraçado foi o motorista que falava bem pouco Inglês, tentando nos explicar que após o estacionamento pegaríamos o ‘shuttle’. Entendíamos algo como zetlow.

Depois dali, o Bli nos levou para conhecer o famoso e dito mais caro café do mundo, o Luwak coffee.



Os grãos usados para preparar o café mais caro do mundo são, necessariamente, expelidos nas fezes da cevita (foto abaixo) antes de irem para as prateleiras.



Produzido nas ilhas de Sumatra, Bali e Java, o quilo do Kopi Luwak custa, em média, US$ 500 (R$ 1.000), na Indonésia. Antes de bebermos uma xícara do famoso café, conhecemos o bicho que parece uma raposa e o processo de tratamento dos grãos, após serem expelidos.......

Passa pela trituração e torra.



Diferente do nosso café ele não precisa ser coado, pois permanece no fundo da xícara. Em relação ao gosto, não achamos nada demais. Ainda experimentamos vários tipos de cafés e chás que foram servidos antes do Luwak. Seguimos então para mais uma praia Padang Padang.




Esta praia ficou famosa, pois apareceu no filme Comer, Rezar e Amar, com a Julia Roberts. Esperávamos encontrar uma praia digna do livro e filme famosíssimos. Encontramos uma praia lotada de turistas que como nós, pagamos pra ver o que foi há décadas uma praia deserta. Só vale a pena visitá-la pela escadaria que dá acesso à praia, mas tomando bastante cuidado, pois está repleta de macacos ladrões. Eles furtam objetos pessoais, tais como bonés, óculos, mochilas e esperam ser recompensados com alguma comida como banana por exemplo, senão trituram o objeto! Vimos quando um deles roubou um pé do sapatinho de uma criança, que estava no carrinho e como a mãe não sabia desse "trato" com os macacos, ficou só ali parada...pedindo para o macaco devolver. O macaco deu um tempo para ela... mas como não foi "presenteado", esmigalhou o sapato inteirinho...surreal! São muito abusados! Salvamos também um rapaz que já ia ter o seu boné sequestrado e gritamos para ele na hora H.






















Olha o danadinho aí...



















A seguir fomos conhecer o templo de Uluwatu. Colocamos os sarongues que a Carla comprou em um shopping de Kuta.



O visual desse templo é realmente incrível, ainda mais durante o pôr do sol.......





Na segunda-feira rumamos para Ubud, no centro da ilha de Bali. Fomos de Uber (10 USD$). Uma grande vantagem do Uber é quando o motorista não fala inglês. Como nesse tipo de transporte fazemos tudo pelo aplicativo, inclusive o pagamento, a gente não necessita falar com o motorista.

Nos hospedamos no hotel Anulekha (60 USD$, a diária). Os quartos eram tipo chalés, com bastante verde ao redor:



Com uma boa piscina, quartos bem espaçosos e confortáveis, além de um café da manhã bem servido apesar de não ser buffet. Somente deixa a desejar pela sua localização. O staff é excelente, assim como todo o povo de Bali. Para nós, o ponto alto da Indonésia até agora, é o seu povo. A maioria é muito simpática e sempre com um sorriso no rosto. O hotel é afastado do centro, porém ameniza essa dificuldade fornecendo uma van com alguns horários de ida e volta. Nesse dia, fomos conhecer o downtown de Ubud, na van das 16:30 h e regressamos na van das 21:30 h.

No dia 14 de fevereiro, praticamente tiramos um “day off” na viagem. Havíamos planejado assim, sem programação. Ficamos na piscina pela manhã e à tarde fomos caminhando até o centro. No caminho, deixamos as roupas sujas em uma lavanderia próxima. A atendente não entendia uma palavra em Inglês, fato engraçado, mas conseguimos nos comunicar. Almojantamos no restaurante Ibu Rai. O descobrimos por acaso, ao passarmos pela rua Monkey Forest e chamou a atenção, pois o restaurante estava todo decorado para o “Valentine´s day”. Aproveitamos o clima romântico e curtimos uma cerveja local Bitang acompanhando uma deliciosa comida. Foi delicioso!


Na quarta-feira, acordamos e vimos um nascer do sol muito bonito nos campos de arroz ao lado do hotel:






Depois fizemos um tour de bike sensacional.



Por acaso descobrimos este tipo de passeio, vendo folhetos no dia anterior. Pesquisamos a reputação da Bali Breeze Tour pela internet e vimos que eles estavam bem ranqueados. Nós fomos levados de van desde o hotel até o cume de uma montanha onde se avista o monte Bakur e o lago de mesmo nome. Lá foi servido uma panqueca e depois partimos para a aventura! Descemos a montanha de bicicleta por estradas secundárias durante 3 horas. Quase não se pedala. Passamos por lugares incríveis como os campos de arroz, vários templos bem genuínos e comunidades locais. Como é um cenário bem rural, vimos realmente a maneira como as comunidades vivem. Inclusive, entramos em uma delas.





Vimos uma aglomeração bem grande de locais e soubemos que ali havia uma rinha de galos. Embora ilegais, é muito popular pois a disputa em jogo é entre as famílias dos donos dos galos. Ao final do passeio, ainda almoçamos com direito a um show típico de dança Balinesa feito por crianças. Tudo isto por cerca de 30 dólares e acompanhado de um excepcional guia:



No dia 16 de fevereiro descansamos pela manhã e à tarde fizemos mais uma excelente massagem, uma das melhores do mochilão! Dessa vez de corpo todo. A noite fomos a um show de dança típica balinesa no Ubud Palace. A Carla ficou chocada...rsrs





Na sexta-feira cedinho partimos às 6:30 h de Ubud para as ilhas Gili.

'As ilhas Gili estão localizadas no nordeste de Bali e próximas de Lombok, uma das milhares ilhas da Indonésia. Conhecidas por “Gili Islands”, elas são três: Gili Trawangan, a maior ilha, Gili Meno e Gili Air, a menorzinha delas. Para quem procura um lugar sossegado e uma atmosfera intimista, pode ser um excelente destino, já que Bali, embora seja um lugar cheio de atrações, muitas vezes não tem todo aquele sossego desejado'. Internet.


Contratamos a Gili Fast Boat (90 USD$ por pessoa). Pegamos o barco cerca de 09:30 h em Padang Bai, um porto bem caótico. Praticamente todos os 'fast boat' partem desse porto e não existe nenhuma organização demarcando os lugares de espera dos barcos. É tudo junto e misturado... Uma bagunça! O barco que pegamos é bem rápido, pois possuía cinco motores de popa potentes e barulhentos. Demorou em torno de 01:30 h para chegarmos em Gili Trawangan. Conhecida também, como Gili T. O desembarque é na areia, mas já sabíamos, então estávamos preparados para molharmos os pés.


A ilha não tem carros e o meio de transporte local é a charrete (A Cidomo is a small horse-drawn carriage used in the Islands of Lombok and the Gili Islands). E foi numa delas fomos até o hotel Oceano Jambuluwuk (63 USD$ a diária).




Gostamos do hotel! Tem um bom padrão: quarto confortável, duas piscinas grandes, ótimo café da manhã e excelente staff. Deixou a desejar em relação ao chuveiro que parecia um conta gotas. A explicação é que a ilha não tem água doce, só dessalinizada. A localização atendeu bem, pois embora distante 15 minutos a pé do centro, ao menos o hotel não ficava próximo à mesquita central...Eles rezam (bem alto e ainda enchem o entorno de alto falantes) cinco vezes ao dia, sendo que a primeira antes do sol nascer. Nos livramos desta! Ufa!



No dia 18 de fevereiro depois do café, fizemos um passeio de bike ao redor da ilha que levou aproximadamente 2 h. Em contraste com a água cristalina, notamos muito lixo nas praias e no interior da ilha.


Durante o passeio, paramos em lugares cinematográficos! Veja a cor da água:







Somente em frente ao Hotel Pondok Santi a areia estava BEM limpa. Escolhemos ali como melhor lugar da ilha para tomar banho de mar e retornaríamos no dia seguinte.

Voltamos para o hotel a fim de curtir a piscina dos fundos, a mais próxima do nosso quarto. Delicia a piscina, pois tem uma boa área para nadar e também possui bar molhado, onde pedimos uns drinks.



A noite fomos visitar o night market. Muitos peixes e crustáceos à mostra, com pouco gelo. Não nos apeteceu, apesar de ver muita gente rangando. Acabamos comendo pizza (kkk) no restaurante Egoiste, bem perto do mercado. Até que a pizza era boa, embora a massa estivesse sem sal nenhum. O problema foi que na hora de pagar informaram que o limite de pessoas para atendimento com cartão tinha sido extrapolado. Como estávamos com pouca grana em espécie fomos sacar dinheiro na ATM, o que não deu certo. Reclamamos e aí resolveram aceitar o cartão. Na volta para o hotel, cerca das 22 h, notamos que as barraquinhas que vendiam artesanato estavam sem ninguém tomando conta, porém com todo o material exposto. Incrível!! Os vendedores vão embora para suas casas e deixam tudo lá... e ninguém mexe! Ficamos de queixo caído!


No domingo fizemos um snorkel perto do hotel, na praia das tartarugas. Os corais não eram nada demais, apesar de começarem praticamente na areia. O que valeu foi termos visto as graciosas tartarugas. Dali fomos para o lindíssimo hotel Pondok curtir uma praia. Almoçamos por lá e o peixe que comi estava uma delícia, apesar de muito condimentado. Acabei passando mal. Único perrengue alimentar em todo o mochilão. O proprietário do hotel é AJ Hackett, famoso criador dos buggy jumps da Nova Zelândia. Descobrimos também, quando estávamos fazendo a caminhada pela ilha, que eles fazem um tour de barco pelas ilhas Memo e Gili Air com um barco próprio chamado Princess Margaux.



No dia 20 de fevereiro fizemos então, o Hoping Island. O passeio foi maravilhoso e durou cerca de 4 horas entre as três ilhas com dois pontos de snorkel. Praticamente foi um passeio privado, pois conosco no barco só havia mais uma família francesa com dois adultos e 3 crianças. Os pontos escolhidos para as praias e os mergulhos (snorkel) foram selecionados a dedo. Muito bom também porque um tripulante mergulha conosco mostrando as tartarugas e dando comida (pão) aos peixes. Aparecem verdadeiros cardumes coloridos em volta da comida. Sensacional!

A praia escolhida para a parada do almoço foi a Gili Air. Comemos no 7Seas Cottage. Fomos muito bem atendidos, como é corriqueiro na Indonésia. Os pratos e o preços foram muito bons. O melhor de toda ilha ficou por conta da água azul turquesa e por ser limpíssima com uma transparência incrível.





Na terça-feira viajamos de Gili rumo a Surabaya. Contratamos um serviço na portaria do hotel que incluía barco e um carro privados, desde o píer de Gili até o aeroporto de Lombok (65 USD$ para nós dois). Só pagamos o cidomo do hotel até o píer (150000 rupias). Voamos pela Lion Air, saindo de Lombok às 17:30 h e chegando em Surabaya às 18:30 h. Nos hospedamos no Ibis central (40 USD$). O quarto tinha uma cama confortável e os travesseiros eram muito bons. O banheiro era pequeno, mas o serviço de quarto muito bom e com preço satisfatório. A localização bem central.


No dia 22 de fevereiro iniciamos um tour pelos vulcões Ijen e Bromo. Cabe ressaltar que este itinerário escolhido por nós, não foi o ideal. No primeiro dia rodamos cerca de 8 horas de carro até Ijen. No dia seguinte mais 5 horas até Bromo e finalmente, outras 5 horas de volta para Surabaya. Todos estes deslocamentos seriam DESNECESSÁRIOS, se iniciássemos o tour pelo Sul da ilha de Jakarta, fronteira com o norte da ilha de Bali, separados por um canal.

O planejamento IDEAL teria sido se tivéssemos voltado das Ilhas Gili para Bali. Poderíamos ter pernoitado ao norte de Bali ou no hotel Banyuwangi Ketapang Indah, sul da ilha de Jakarta, base para a visita ao vulcão Ijen. Assim, dispensaríamos um dia inteiro de inúmeras horas rodadas. Foi uma maratona! Mas o que posso dizer é que tudo o que vimos e visitamos nesses lugares valeu cada horinha de perrengue...


Enfim como tudo tem um motivo, o nosso foi o de fazer este tour com a empresa Blue Flame, contratada pela internet (250 USD$ por pessoa). O motorista que nos buscou às 10 h no Ibis foi o Mr. Sun. Gente finíssima! Até hoje, mantemos contato.


Conversamos bastante com ele, já que passamos três dias juntos e dentro do carro. Diferente do Mr Bli que falava muito pouco inglês, o Mr Sun falava bem. Aprendemos bastante sobre os costumes do seu país, mais populoso povo muçulmano do mundo, com cerca de 202 milhões. Todavia, em Bali por exemplo, quase não vimos muçulmanos e sim muitos Hindus. "Sendo a religião predominante em Bali, o Hinduísmo Balinês representa 83,5 % da população. Podemos entendê-lo como uma ramificação do hinduísmo indiano, com toques budistas, culto aos ancestrais e a valorização de antigas tradições anímicas da ilha (uma visão de que tudo o que é material pode ser um recipiente para espíritos bons ou ruins – uma árvore, uma montanha, uma pedra, um tecido, etc.). É uma pluralidade de deidades que, em seu conjunto, produzem uma religião bastante singular."


Característica marcante de Bali são as oferendas dos balinenses aos deuses em quem acreditam. Essas oferendas são feitas em pequenas cestinhas de folhas de bananeira; dentro, coloca-se itens como flores, dinheiro, cigarro e comida.

"As oferendas – canang sari, no idioma local – estão por todos os lados, a cada esquina, entrada de casa, escadaria, comércio, estátua ou templo. Assim, nas oferendas diárias que podemos presenciar em toda a ilha (e mais facilmente em Ubud), se colocadas no chão, destinam-se aos maus espíritos, visando prejudicar alguém ou alguma coisa. Se a oferenda é colocada no alto, pendurada em uma árvore, por exemplo, ou sobre algum muro, o objetivo é fazer o bem"


A gente quase pisa nas oferendas de tantas que são espalhadas por toda a ilha. Fora as que são colocadas dentro dos carros, como os que pegamos, com cheiro de chulé.


Vimos ainda, as loucuras do trânsito da Indonésia (loucuras messsmoooo) e muitos campos de arroz. Incrível como quase não avistamos terra improdutiva em toda a viagem pela Indonésia. Impressionante também, como já mencionamos, a quantidade de motos, a quantidade de gente na mesma moto, inclusive com crianças pilotando-as e as motos que carregam uma quantidade absurda de produtos. O motorista literalmente sumia no meio de tanta coisa! Reparamos muitas crianças dirigindo suas motos com uniformes escolares, nenhuma com capacete. O lado bom: segundo Mr Sun, as escolas são boas.



Falando sobre o trânsito ainda, não existem faixas de demarcação nas estradas e os motoristas ultrapassam uns aos outros sem se preocupar com o outro lado, pois se vier algum carro contrário, ambos diminuem e ninguém buzina. Parece ser uma regra, tipo um acordo de cavalheiros.


Por volta das 18 h, nos deparamos com o hotel Banyuwangi Ketapang Indah, muito bom, e a gente nem esperava tanto. O hotel fica em frente ao canal e do outro lado do mesmo, podíamos ver a ilha de Bali. Este hotel foi reservado pela agencia Blueflame tour e para nós, uma surpresa bem agradável. Tudo limpo e muito bonito com quarto, cama e banheiro espaçosos e confortáveis. Além de uma ótima área verde e piscina muito boa. Pena que não pudemos curtir o hotel, pois a alvorada para a programação do dia seguinte foi à meia-noite. Isto mesmo!!!!! Madrugamos.

Pegamos o nosso café da manhã, tipo 'lunch box' e após uma hora de carro, encontramos um outro guia da empresa, para fazermos uma caminhada de 3 horas.



Totalmente no breu, este trekking com lanternas era ladeira acima. Fomos bem agasalhados já que a temperatura no topo estava em torno de 10 graus. Levamos cerca de 2 horas para subir os 3 km. Quando chegamos ao topo, vimos os mineradores e as suas cestas carregadas de minério de enxofre, pesando até 70 kg. Inimaginável! Tentei levantar uma cesta e ela nem se moveu. Não fazíamos ideia de como seria esse vulcão e nem aonde estávamos exatamente, pois ainda estava breu.



Do topo do vulcão, a descida de 700 m até a cratera leva mais uns 45 minutos. O cheiro de enxofre podia ficar forte, portanto, o guia nos forneceu máscaras de gás apropriadas.


“Há um fenômeno na cratera que se tornou uma atração turística, principalmente desde que a National Geographic se referiu a ele. O que explica a lava azul, além das reações químicas, é o fato do vulcão se localizar em uma mina de enxofre, esse é o segredo! As manchas azuis são chamas e que se resultam da queima dos gases à base de enxofre que saem do vulcão sob alta pressão e temperatura que chegam aos 600 °C. ”




A sensação de ver um vulcão soltando aquele fogo azul é inesquecível. Como o guia nos amedrontou dizendo que a descida até a cratera seria perigosa, minha esposa aguardou-me no topo do vulcão. Imaginei que se o minerador carrega 70 kg e consegue, não seria tão difícil assim. É uma trilha íngreme e estreita com pedras soltas, mas com cuidado não é tão difícil quanto parecia. Já carregar este peso todo, isto sim é muito difícil, ainda mais para ganhar 6 dólares por viagem (trabalho escravo dos mineradores). Após o fogo azul, assistimos o nascer do sol..... A vista do lago mais ácido do mundo e dentro da cratera é deslumbrante.....O dia foi clareando e a surpresa aumentando! Ficamos paralisados com tamanha beleza e ao mesmo tempo excitados, pois estávamos bem na boca do vulcão. I N E S Q U E C Í V E L!




Regressamos para a área de estacionamento, onde encontramos Mr Sun e de lá, seguimos para a região do vulcão Bromo. Durante a descida do Ijen, curtimos este visual:




Seis horas depois chegamos ao hotel Istana Petani Homestay. Além de ter as paredes mofadas e sujas, as toalhas e o quarto também estavam com muito cheiro de mofo. Encontramos ainda, muita sujeira nos móveis e um buraco no teto do banheiro acima do chuveiro. O Café da manhã era muito fraco. Soubemos que o hotel Lava View é bom, logo fuja desta furada que entramos. A estadia no Istana foi escolha da Blue Flame tour. Nem comida o hotel oferecia e como estávamos azuis de fome recorremos ao Mr Sun. Ele nos levou à casa de um conhecido, onde funciona um restaurante BEM simples, mas pertinho do hotel. O lugar estava fechado (na Indonésia os restaurantes têm horário de funcionamento bem restritos), mas como o Mr Sun tem moral com o dono, esse nos atendeu na sua casa. Comemos espetinhos de frango assados na hora com arroz, sentados no chão em cima de pneus... e estava delicioso! Esta combinação arroz branco e frango não tem erro. A netinha dele ficou brincando conosco, tentando se comunicar, mas foi uma missão difícil rsrs. A Carla ficou encantada com ela.


No dia 24 de fevereiro, novamente o despertar foi na madrugada. Dessa vez, um pouco mais tarde, às 3:00 h da matina. Fomos de jeep 4x4 (amarelo, cor preferida do meu amor) até o Monte Pananjakan, de onde assistimos o nascer do sol. Desse mirante a gente consegue avistar muitos vulcões, inclusive o Bromo (que iríamos conhecer em seguida).......As fotos dizem por si só......







Do mirante, partimos para a visita ao vulcão propriamente dito. Percorremos 20 minutos de carro até a área de estacionamento próximo ao Bromo. De lá, caminhamos cerca de 40 minutos até a cratera. Algumas pessoas alugavam cavalos para ir até o vulcão:




O Bromo faz parte do maciço de Tengger e o cume ergue-se a 2 239 metros de altitude. Apesar de não ser o vulcão mais alto do maciço, é o mais conhecido. A cratera tem cerca de 800 m de diâmetro e 200 m de profundidade. O maciço faz parte do Parque Nacional de Bromo-Tengger-Semeru e é uma das áreas de Java Oriental mais visitadas por turistas”.





E subimos os 250 degraus que dão acesso a cratera. Não esperávamos TANTA emoção da visita ao Bromo. Achamos que seria apenas uma cratera. Puro engano. Aqui o bicho pegou, pois o som da erupção do vapor é coisa de cinema, assim como o cenário envolvente. Era a primeira vez que visitávamos um vulcão ativo e é realmente espetacular ver, sentir e ouvir o barulho das suas erupções.





Regressamos então para o hotel, realizamos o check out e viajamos cerca de 5 horas até o aeroporto de Surabaya.

Finalizamos a visita à Indonésia e resumindo... foi ESPETACULAR! Tudão! O povo é contagiante. As pessoas são educadíssimas e nos trataram MUITO bem. Os cenários de Bali, Ubud, Ilhas Gili e dos vulcões, nem se fala! Faltam palavras. Enfim, nós curtimos a bessa este país.

Voamos pela Jetstar de Surabaya até Singapura. (15:05 h / 18:30 h), nossa próxima etapa do Mochilão.

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