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Nova Zelândia



Partimos do Rio de Janeiro no dia 11 de janeiro de 2017, uma quarta-feira. Como compramos as passagens com quase seis meses de antecedência, cada uma saiu por R$ 3.150,00, pela Latam. O itinerário foi Rio – Santiago e de lá direto para Auckland. O interessante é que a nossa chegada na Nova Zelândia ocorreu na sexta-feira, isto porque nós cruzamos a linha internacional do tempo: (https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_Internacional_de_Data) e a Quinta-feira não existiu para nós. Compensaríamos na volta, é claro. A duração do vôo para Santiago foi de 5 horas e para Auckland, 13 horas. Soma-se a isto o tempo de conexão no Chile, o que tornou a viagem bastante cansativa. A nossa sorte é que a poltrona ao nosso lado, no vôo de Santiago para Auckland estava vazia. Chegamos ao aeroporto cerca de 5 h da manhã do dia 13 de janeiro, sexta-feira e como a locadora que alugamos o carro só abriria às 7 h, aproveitamos e compramos um chip de celular da Vodafone. Assim, além de falar, podíamos navegar pela internet e consultar o Google Maps, (https://www.vodafone.co.nz/ ).

Pegamos o carro da Nissan, na Ace Rental Car (350 dólares neozelandenses - NZD$, alugado com muita antecedência pela internet) e com a atenção redobrada, dirigimos até o Hostel. Digo isso, pois a direção fica do lado direito, a famosa mão inglesa. Destaco que a PID (Permissão Internacional de Dirigir) é exigida nesse país, inclusive nos foi pedido este tipo de habilitação pela polícia, no trajeto entre Lake Taupo e Wellington.



Como já mencionei anteriormente, utilizamos bastante a rede YHA.

O YHA International de Auckland (https://www.yha.co.nz/hostels/north-island-hostels/yha-auckland-international/ ) é muito bem localizado, assim como a maioria dos hostels da rede. Além disto eles primam pela limpeza, ótimas cozinhas e um excelente atendimento do staff. Optamos sempre que possível por quartos de casal com banheiro próprio. O custo deste quarto em Auckland foi de NZD$ 94,50.



Antes de falarmos sobre Auckland, gostaria de relatar como montamos o roteiro para conhecer a NZ. Vários sites nos levaram a conhecer um pouco mais a terra dos kiwis, “Neozelandeses são também conhecidos internacionalmente pelo apelido de Kiwi, pássaro nativo e que é o símbolo nacional da Nova Zelândia”. Dentre eles destaco o blog a seguir que é bem detalhado: http://www.cumbicao.com.br/2012/08/nova-zelandia-introducao.html .


Entretanto, o nosso roteiro foi baseado no site do governo da NZ chamado 100% PURE New Zealand (http://www.newzealand.com/br/trips-and-driving-itineraries/all-nz/auckland-to-queenstown-via-the-west-coast).

Esse itinerário está escrito em português (percebam a atenção dispensada pelo país ao turismo!) e me chamou a atenção, pois duraria 14 dias, tempo ideal que estimamos para conhecer a NZ e que cujos destaques seriam :

'Conheça as cavernas repletas de vagalumes e as maravilhas geotérmicas no centro da Ilha Norte antes de dirigir até a capital do país, Wellington, passando pelas paisagens verdes. Passe pelo Cook Strait de balsa para chegar à Ilha Sul. Você aproveitará as praias ensolaradas de Nelson antes de se surpreender com as geleiras e as florestas da selvagem West Coast. Descubra a capital da aventura da Nova Zelândia, Queenstown.”


A jornada foi pesada ao realizarmos 2000 km visitando 9 cidades em 14 dias. Hoje faríamos o mesmo roteiro, entretanto estenderíamos em pelo menos 3 dias a nossa maravilhosa experiencia pela NZ. Valeu cada minuto!



AUCKLAND


Auckland é a maior cidade da NZ com cerca de 1,4 milhões de habitantes. Após nos instalarmos no YHA fomos, a pé, conhecer o downtown. Aliás o hostel fica localizado a uma quadra da Queen Street, principal rua da cidade.



Após o café da manhã, seguimos as dicas do site (https://www.viajoteca.com/o-que-fazer-em-auckland-em-1-dia ) e fomos visitar a Sky Tower, principal atração da cidade, onde ocorrem os fogos de celebração do Ano Novo. Pela manhã o dia estava bem nublado, porém à tarde o céu estava de Brigadeiro.



Depois visitamos o Auckland Museum.



Nesse museu os destaques ficaram por conta da coleção de objetos e barcos dos povos do pacífico e do povo Maori.

'Os primeiros colonizadores maori chegaram à Nova Zelândia vindos da Polinésia, no século XIII. O primeiro povo maori descendia dos mesmos colonizadores polinésios, micronésios e melanésios que cruzaram o Pacífico para habitar ilhas como o Havaí. Com o tempo, o termo maori foi oficialmente reconhecido como adjetivo e é assim que eles são conhecidos hoje na Nova Zelândia.'

Gostamos muito também, da seção de vulcanologia do museu. Sob os efeitos do Jet Lag voltamos para o hostel no fim do dia, bem cansados. Como o roteiro só previa um dia na cidade e na manhã seguinte já nos deslocaríamos para Hamilton, aqui certamente caberia mais um dia no planejamento para descansar da viagem, se adaptar ao fuso horário e conhecer melhor a cidade.



HAMILTON


O segundo dia de viagem na NZ (14 de janeiro), começou com a ida no nosso carro alugado, de Auckland para Hamilton e levou cerca de duas horas. Chegamos cedo no YHA de Hamilton que só liberaria o nosso quarto após as 14 h. Aproveitamos então e rumamos para o Waitomo Caves, distante aproximadamente 1 h.


“Antes de pegar o desvio para Waitomo, você chegará a Otorohanga. A Kiwi House dessa cidade é a oportunidade ideal para conhecer o símbolo nacional da Nova Zelândia”.

Seguindo a dica acima do site 100% PURE NZ, quase caímos numa terrível furada ao visitar a Kiwi House.




Como o Kiwi tem hábitos noturnos, inclusive é dificílimo encontrá-lo na natureza, o seu local de habitat na Kiwi House é bem escuro e somente o corredor onde passam os turistas tem uma pequena iluminação. Passamos em branco e não vimos nenhum Kiwi nos seus compartimentos. Na saída do parque, reclamamos e a atendente da portaria voltou conosco para dentro do breu e aí sim, conseguimos ver o símbolo nacional da NZ.


De lá, fomos curtir uma experiência magistral, IRADA!. Com certeza uma das melhores de todo o Mochilão.

Seguindo a dica deste site:


http://g1.globo.com/turismo-e-viagem/noticia/2015/06/rafting-em-caverna-tem-cachoeiras-e-insetos-luminosos-na-nova-zelandia.html, atravessamos um rio subterrâneo no escuro, saltamos de cachoeiras e ainda, tivemos a visão de insetos luminosos que transformam as paredes e o teto das cavernas em um céu estrelado. Interessou?


Fizemos a aventura pelo “The Legendary Black Water Rafting Co.” Black Labyrinth (138 NZD$ per capta). Nas cavernas de Waitomo, as grandes estrelas são os vermes luminosos — glowworms — que permeiam as paredes e tetos fazendo assim um grande espetáculo para os visitantes. Os glowworms são bem estranhos para nós, os brasileiros, já que a espécie — Arachnocampa Luminosa — só existe na Nova Zelândia. E é exatamente isso que torna o passeio tão encantador. Fazer um rafting com bóias, numa dessas cavernas é uma experiência maravilhosa e ver o teto repleto de luzes, como um intenso céu estrelado, é mesmo apaixonante. Nem mesmo num rio bem gelado, com temperatura da água em torno de 15 graus, a gente se importa! Super recomendamos esta experiencia incrível!





No regresso das cavernas, nos instalamos no Microtel Lodge Hamilton, da rede YHA. Não conhecemos os demais hostels da cidade, mas podemos afirmar que este é excelente. Bem localizado, limpo e com ótimas facilidades tipo a cozinha, um excelente lounge e lavanderia. Recomendamos com empenho. O dono foi muito atencioso.


No dia seguinte, antes de viajarmos para Rotorua, visitamos o Hamilton Gardens. Sem dúvida, o melhor jardim de todo o nosso mochilão. Começamos nossa visita tomando um dos melhores cafés da manhã de toda a viagem no restaurante do Jardim. Normalmente tomávamos um café da manhã reforçado para pode almoçar mais tarde e assim teríamos mais tempo para os passeios. Este café daqui foi realmente bem reforçado, pois além da omelete pedimos um bowl com cereais que veio com frutas vermelhas e uma nata maravilhosa. Foi até difícil comer tudo.



Como se percebe na foto acima o jardim é composto de vários sub-jardins. Tive de recorrer ao site do parque para lembrar os temas:

· The Chinese Scholar's Garden,

· The Japanese Garden,

· The English Flower Garden,

· The Modernist Garden,

· The Italian Renaissance Garden,

· The Indian Char Bagh Garden,

· An Ancient Egyptian Garden is proposed.



ROTORUA


De Hamilton para Rotorua foram 142 km e levaram cerca de 1 h e 30 minutos. Perto da chegada, a gente sente o cheiro ruim de enxofre e vê os vapores dos muitos gêiseres da cidade. Nos instalamos no YHA Rotorua bem no 'downtown'. O estacionamento é em frente ao hostel e gratuito. Pela primeira vez na viagem seriam duas noites no mesmo Hostel (169,20 NZD$ para 2 diárias).





Na tarde da nossa chegada, dia 15 de janeiro, domingo, passeamos pelos parques do centro da cidade. Bem em frente ao hotel no Kuirau Park, existem vários gêiseres e temos uma boa noção do porquê Rotorua é conhecida como cidade deles. Copiei do site 100% PURE NZ: “ Rotorua é um lugar onde as forças turbulentas que formaram a Nova Zelândia são mais evidentes. Essa cidade, situada no Volcanic Plateau, tem um dos campos mais ativos de atividade geotérmica do mundo, está localizada justamente no Anel de Fogo do Pacífico.”

No caminho para o lago Rotorua, paramos numa capela que havia uma imagem da N Sra. das Graças. Como a Carla é bem devota, paramos para rezar um pouco e seguimos para ver a parte do Lago em que haviam duas cores, azul e branco (esta última cor devido aos vapores geotérmicos). Mas aí começou a chover e resolvemos deixar essa visita para o outro dia.


Na segunda-feira, dia 16, nossa primeira atração turística foi visitar uma tribo Maori. Optamos pela tribo Whakarewarewa, onde pudemos conhecer uma autêntica tribo da NZ, assistir a um show de Haka e de quebra ver o maior centro de atividade geotérmica da cidade, o Te Puia. (http://www.whakarewarewa.com/).


A grande diferença do Te Puia é a presença do géiser Pohuto. Considerado o maior do hemisfério sul, o Pohuto entra em erupção diversas vezes por dia e dá espetáculo para os turistas com erupções que chegam a 30 metros de altura.




Outro detalhe que faz diferença na visita ao Te Puia é o centro de cultura Maori, onde os visitantes podem entrar em contato com as tradições da população nativa da Nova Zelândia. Veja o nome da tribo no idioma dos mesmos, escrito em vermelho. Olha que palavrão!



Na entrada da vila alguns meninos Maori ficam esperando que os turistas joguem moedas num riacho, para eles mergulharem e pegarem as mesmas para si. Impressiona, pois a água não é clara e eles mergulham sem óculos ou mascaras de mergulho e sempre acabam pegando as moedas. A visita é muito legal, pois os Maoris moram na vila e o espetáculo da dança do Haka é muito empolgante:



Depois que saímos de lá, fomos ao Skyline Rotorua, um teleférico onde se tem uma boa visão da cidade.




Chegando no topo do morro, vimos que além do Luge (uma espécie de carrinho de rolimã, que deixamos para andar em Queenstown), havia outra diversão só que bem mais radical, a gondola ride, 'skyswing'. Já que estávamos na terra das aventuras radicais, não poderia deixar de ir, não é mesmo? Aventura incrível, pois a gondola despenca de uma boa altura antes de iniciar o balanço.

A Carla arregou rsrs




Ainda deu tempo de conhecermos a floresta Redwoods e fazermos uma trilha de cerca de 1h e 30 minutos. (http://redwoods.co.nz/walk/long-walks/ ). Trilha bem prazerosa, pois as arvores são sequoias enormes e o clima estava bem propício para uma caminhada.



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LAKE TAUPO


Pela manhã, na terça-feira, dia 17 de janeiro, antes de seguirmos viagem para Taupo, visitamos o Lago Rotorua, onde fizemos uma caminhada pela beira do lago e curtimos a diferença de cores. Em seguida, pegávamos a estrada para rodarmos 81 km de Rotorua até Lake Taupo. Como chegaríamos cedo no hostel, antes do horário do check-in, às 14h e a maioria deles sempre está lotado (o que ocasiona a espera pela desocupação do quarto), paramos para visitar a cachoeira de Huka Falls que fica a cerca de 15 minutos antes da cidade. Ela é tida como uma das principais atrações turísticas do país. Veja, não é para menos:



Já na chegada da ponte em frente a cachoeira lemos que existiam trilhas em torno do rio Waikato que levavam até a represa Aratiatia Rapids (7kms). Imaginamos que não seria difícil de percorrer esta distância de bicicleta. Então alugamos duas bikes e lá fomos nós! Detalhe interessante: na hora da locação, o proprietário não falou nada demais sobre a trilha, só nos forneceu o mapa.



Já imaginam...??? Engano nosso! A trilha era pesada pra caramba, pelo menos para nós. Cheia de aclives e declives em que tínhamos até que descer da bicicleta de tão difícil que era. E mais, passamos por cada precipício de tirar o fôlego! Mas no final saímos vivos e resumindo, o passeio foi sensacional! Lindíssimas paisagens e um clima delicioso.




Nos instalamos no Haka Lodge, uma rede concorrente da YHA. Único ponto negativo foi que, ao reservar o quarto achei que havia banheiro privativo. Porém, mesmo os banheiros compartilhados eram excelentes. Como diferencial o hostel possuía uma banheira de ofurô. Excelente!


Neste blog a seguir vimos a dica do Mac Donalds dentro de um avião http://www.queroviajarmais.com/turismo-aventura-nova-zelandia-lake-taupo/ e outras sugestões. Fomos lá conferir a lanchonete e depois, assistir ao pôr do sol no maior lago da NZ, lago este com o mesmo nome da cidade, onde curtimos uma boa cerveja.



WELLINGTON


Na nossa primeira grande jornada rodoviária, rodamos cerca de 5 horas para chegar à capital da NZ (373 km). E durante esta jornada apreciamos uma das mais belas vistas da viagem, que foi a do vulcão Tongarino.



No caminho paramos no Mangaweka River para contemplar sua beleza. "Mangaweka fica na Estrada Estadual 1, ao longo de sua viagem entre Taupo e Wellington, e tem rafting, canoagem, banhos de rio e camping." Site 100% PURE NZ.



Chegando na capital, nos instalamos no Hotel Travelodge bem no centro da capital. Até foi difícil encontrar a portaria do hotel, pois a mesma fica no 5º andar do prédio. Os primeiros andares do edifício eram de lojas e garagens. Gostamos muito do nosso primeiro hotel dessa viagem, pois até então pernoitávamos em hostels. Além de ótima localização, bem próxima aos principais atrativos da cidade, podia-se fazer tudo a pé. Além disso, tinha todas as facilidades no quarto como tábua de passar, secador de cabelos, micro-ondas e frigobar. O quarto era amplo, a cama confortável e tudo limpíssimo (113 NZD$ a diária).

Seguimos as dicas do site http://www.buladeviagens.com/o-que-fazer-em-wellington/ . Saímos para conhecer a Cuba Street, uma das principais ruas do centro, só para pedestres e almoçamos num restaurante chinês. Interessante que a maioria dos restaurantes fecha de tarde e tivemos dificuldade para encontrar um restaurante para almoçar por volta das 16 h.





Dia seguinte, 19 de janeiro após um excelente 'breakfast', iniciamos nosso passeio pelo Cable Car que era bem perto do hotel.



O teleférico tem como ponto final o Jardim Botânico, de onde você pode ter uma vista fantástica da cidade e do porto. Compramos só a passagem de ida do Cable Car, já que a descida fizemos por dentro do Jardim Botânico, a pé.

O Jardim é muito bem cuidado e bem interessante. Teve até foto "procurando Wally" no jardim rsrs.



Achou o Wally? Após o jardim, nós passeamos em frente ao parlamento neozelandês, cujo prédio chama-se Colmeia e não é difícil saber o porquê:



De lá seguimos para o principal museu da cidade. O Te Papa Tongarewa é o melhor museu da NZ e sem exageros um dos melhores do mundo.



A seção Gallipoli retrata a participação da ANZAC ( Australia and New Zealand Army Corps ) na primeira guerra mundial - I GM e é simplesmente sensacional. Para nós a melhor retratação que vimos na vida, em termos de guerra. Os bonecos de cera representando cenas de combate em tamanho monstruoso, são imperdíveis.



A seção Awesome Forces, retrata bem e com várias interatividades, os vulcões e terremotos. Além disto, podemos experimentar uma simulação de terremoto dentro de uma casa improvisada. Na seção Mountains To See, vimos uma lula gigante que foi capturada acidentalmente por um barco de pesca na Antártida, dentre outras atrações. Os museus do país são gratuitos. Passamos cerca de três horas no museu e só não ficamos mais tempo porque já estávamos cansados.

Chegando ao hotel perguntamos sobre os horários da travessia de balsa entre Wellington, última cidade da ilha norte e Picton, e a Ilha sul do país e a atendente respondeu, questionando-nos se já havíamos feito a reserva pela internet. Como é comum no Brasil chegar na balsa e fazer as travessias, no máximo enfrentando uma fila, não fizemos reserva antecipada. Que FURADA! Conseguimos de última hora uma reserva para a balsa das 17 h no dia seguinte. Entretanto, como já havíamos feito os pagamentos das diárias dos próximos dias, ficaria inviável mudar todo o planejamento. Assim, relaxamos e nos preparamos para chegar em Nelson quase à meia-noite.

No dia 20 de janeiro, sexta-feira, repetimos o excelente 'breakfast' do hotel e ainda circulamos pelo 'downtown', pois tínhamos bastante tempo até a saída do enorme Navio Balsa Kaiahari.




“A travessia do Cook Strait e do Marlborough Sounds é um dos passeios de balsa com os cenários mais deslumbrantes do mundo. O passeio de balsa no estilo cruzeiro tem mais de três horas de duração e pode transportar veículos. Dentre os destaques do caminho estão a colônia de focas de Red Rocks, Tory Channel, Cook’s Lookout e as belas cavernas dos canais”. Extraido do site 100% Pure NZ.

Não vimos as focas, todavia o cenário da travessia é deslumbrante, ainda mais com o tempo bom.




Atracamos em Picton quase às 21 h e de lá até Nelson foram mais de 2 horas de viagem. A sorte é que as estradas da NZ são muito boas e dirigir à noite não tem nenhum problema, pois a sinalização é perfeita.


NELSON


Nos hospedamos no YHA de Nelson (107 NZD$) só mesmo para dormir. Sorte nossa que ao lado do hostel, acontece uma feira aos sábados. E a feirinha é show! Compramos sabonetes de lavanda que são produzidos numa fazenda próxima a Nelson e curtimos o artesanato local. Ainda seguindo as dicas do site Vida Cigana, “vale a pena conhecer a Trafalgar Street, a mais badalada rua, cheia de inovadores restaurantes, cinemas e lojas. No final dela, se encontra a igreja de Christ Church, com sua arquitetura um tanto diferente, apresentando um prédio em estilo neo-gótico e uma torre art decó”, fomos conhecer a rua e igreja citadas. Aproveitamos para agradecer por essa aventura maravilhosa, pelos nossos filhos incríveis e pela nossa saúde. A igreja é realmente lindíssima!



Como a jornada até Greymouth seria longa, 4 horas de viagem (310 km), não conhecemos as praias da cidade, que são as mais famosas do país. Certamente, aqui seria outro local que deveríamos ter estendido mais um dia no planejamento inicial.

“Você subirá o Motueka River Valley em uma estrada bonita e sinuosa que o leva a cenários mágicos e pequenos povoados. Vire à direita quando chegar à estrada principal e dirija-se a Murchison e conheça o incrível Buller Gorge. Em Hawks Crag, a estrada segue o contorno de rochas sólidas, o que faz com que você dirija abaixo de projeções incríveis”. 100% Pure NZ.

Excelente dica já que no Buller Gorge andamos sobre a maior ponte pênsil da NZ. Chega a dar medo. E olha... a correnteza do rio é muito forte!




As estradas da NZ são um capítulo à parte, principalmente as da Ilha Sul. Cercadas de paisagens deslumbrantes, vegetação verdíssima, vários tipos de flores além de inúmeras ovelhas (1,5 milhão a mais do que os humanos). Chegamos em Greymouth cerca de 15 h.










GREYMOUTH


Nos instalamos no Scenicland Motel (133 NZD$) no dia 21 de janeiro e nos sentimos como se estivéssemos em casa. Tudo foi perfeito já que a garagem era em frente ao quarto, a cozinha era completa com tudo o que a gente precisa, tanto de eletrodomésticos quanto de utensílios. O quarto era maravilhoso, além da sala com TV e varanda. Para completar tinha lavanderia barata em frente à recepção. Aproveitamos para lavar nossas roupas.

John, o dono, foi muito atencioso e nos emprestou um adaptador para carregarmos os celulares e nos deu dicas sobre a cidade. Fizemos compras no supermercado ao lado do Motel e curtimos um ótimo vinho na nossa “casa” neozelandesa. Pena que choveu muito neste dia e também, na manhã seguinte. Resultado, não conseguimos ver os golfinhos que aparecem perto do píer da cidade.


FRANZ JOSEF GLACIER


No dia 22 de janeiro, após 2 h de viagem (97km), chegamos em Franz Josef. Impressionante que saímos debaixo de uma chuvarada em Greymouth, mas terminamos a viagem com o céu completamente azul. Nos instalamos no YHA. Como tudo na cidade gira em função do turismo, o hostel também o faz. Sua localização é perfeita numa cidade minúscula, mas com ótimas acomodações. O quarto é espaçoso e bem limpo, assim como a cozinha. Segue o excelente padrão da rede.

O site 100% Pure NZ diz que “As geleiras Fox e Franz Josef são relíquias únicas da última era do gelo. Grandes rios sólidos, descendo por vales rochosos esculpidos em gelo, trazem a beleza glacial clássica. Em nenhuma outra parte do mundo há geleiras tão próximas ao mar nessa latitude”. Então fomos conferir!




De posse do mapa das atrações locais não percebi que o mesmo estava FORA de escala. Achei que a caminhada até a geleira seria pequena e fomos a pé. Depois de andar aproximadamente 6 km, chegamos ao estacionamento para quem vem de carro. Dali, ainda se percorre mais uns 2 km até o local da foto. Mas valeu muito a pena. Todo o itinerário foi cansativo, todavia, deslumbrante.




QUEENSTOWN


No dia seguinte, segunda-feira, sob um céu azul anil, percorremos 332 km de Franz Josef até Queenstown, onde chegamos após 11 horas de jornada. Sem paradas, seriam feitos em torno de 5 horas. Existem até placas de sinalização nas estradas dizendo para permita-se “extra time” dirigindo por elas, pois são incrivelmente lindas e diferentes:



E realmente são! Nesse dia fizemos incontáveis paradas para admirar a natureza e fotografar. Inesquecível!



A foto abaixo foi retirada do blog Vida Cigana: “Tendo desistido da trilha no Fox Glacier, ao chegar ao vilarejo, dobramos à direita e nos dirigimos a outra caminhada, destas sensacionais que só são encontradas na Nova Zelândia: o círculo em torno do Lake Matheson, uma caminhada tranquila e leve que pode ser realizada facilmente até por quem não curte trilhas ou exercícios."



"A grande atração é o reflexo provocado pelo lago, espelhando completamente a paisagem em volta. Mas isto seria só um detalhe caso esta paisagem não fosse: o Mount Cook”.


Partimos então para a nossa primeira parada do dia, que seria no Lake Matheson. Da mesma maneira que a Vida Cigana, desistimos de visitar o Fox Glacier e rumamos para o Lago, mas estávamos com muita pouca carga nas baterias dos nossos celulares, já que durante o nosso pernoite no YHA de Franz Josef não conseguimos um adaptador para carregarmos os mesmos. No meio da trilha, vimos uma paisagem bacana e tentamos tirar uma foto, mas não conseguimos justamente porque já não tínhamos mais bateria. Chegando ao lago, estávamos apenas contemplando a sua beleza quando minha mulher ligou seu celular como quem não quer nada e por incrível que pareça ele renasceu...coisas do Divino, vai saber... assim tiramos essa linda foto abaixo (depois disso o celular morreu de vez):



Iniciamos a passagem da costa oeste da NZ para Queenstown, pelo vale do rio Haast. A estrada segue ao lado do rio e vimos cenários magníficos. Durante nossa viagem pela ilha sul notamos vários ciclistas viajando pelas mesmas estradas que passávamos. Sob chuva ou sol, nas retas ou aclives bem íngremes, lá estavam os ciclistas com suas bikes e mochilas pesadíssimas penduradas nas mesmas. Ficamos impressionados com a quantidade de ciclistas que viajavam pelo país. Outro esporte favorito dos kiwis é o trekking. Incrível a quantidade de trilhas que vimos. Fizemos poucas, devido ao pouco tempo que tínhamos. Cabe ressaltar que praticamente atravessamos o país! Dirigimos quase de 2000 km em 10 dias. E quase não vimos animais. A NZ é famosa por não ter animais peçonhentos como cobras e escorpiões, por exemplo. O que vimos nas estradas, (muitos deles atropelados) foi o Possum. “É um dos mamíferos que vivem na Nova Zelândia que foram introduzidos pelos Polinésios trazidos como fonte de alimento para grandes viagens. Como se reproduz muito rápido e não tem predadores na Nova Zelândia, virou uma verdadeira praga, comendo plantações, causando grandes prejuízos aos fazendeiros e quase causando a extinção do Kiwi pela destruição de seu habitat e ataque. A infestação chegou a tal ponto, que o governo chegou a pagar um dólar para cada possum que alguém matasse”. Copiado da Internet.





Antes de chegarmos ao Lago Wanaka, paramos na Blue Pools. Sensacional!







O acesso é bastante fácil, ao lado da estrada. As Blue Pools, como diz o nome, são piscinas naturais de cor azul, resultado de degelo e motivo pelo qual elas também são bastante frias. 

Chegamos ao Lago Wanaka por volta das 17 h, onde 'almojantamos'. Aqui recomendamos com empenho, que seja feito no mínimo um pernoite. Infelizmente não estava no nosso planejamento. A cidade e o lago são paradisíacos.



De lá para Queenstown, optamos pelo “caminho mais curto que segue pela Crown Range Road. A estrada é um desafio, mas as vistas são exuberantes”. Seguimos a dica do 100% Pure NZ. Nem achamos a estrada desafiante, o que deve ocorrer no inverno, mas concordamos que realmente ela é de tirar o folego.



Nos instalamos no YHA Queenstown Central e gostamos muito, como sempre, principalmente pela localização. Ali neste hostel foi onde começou a rede. Olha que visual:



Dia 24 de janeiro foi só de descanso, pois a jornada do dia anterior foi bem puxada e também porque a Carla estava febril e com dores abdominais. Muita sorte a nossa, pois durante o planejamento colocamos um dia a mais na cidade para descansarmos e lavar roupas. Aproveitamos para comer no Fergburger, uma famosa atração local. Fila na porta é sinal de boa comida. Mais impressionante ainda, se a fila for enorme e em qualquer hora do dia. Como estávamos hospedados bem perto, passávamos em frente várias vezes ao dia e a fila sempre estava lá. Fomos conferir e realmente o sanduba é enorme e muito apetitoso. Quase uma refeição!

Dia seguinte, quarta-feira, com uma pequena melhora da minha mulher, seguimos para a famosa ponte de KAWARAU. Saltei no bungy jump de 43 m no local pioneiro deste tipo de atividade. Foi o meu primeiro bungy. Experiência indescritível. Tudo foi sensacional, pois o lugar é mágico e a estrutura do bungy jump é de primeiríssima qualidade. Todo o staff é muito atencioso e o rio tem uma cor esmeralda muito bonita. O primeiro bungee jump da Nova Zelândia não é o mais alto, nem o mais radical, mas certamente tem o charme de ser pioneiro. O salto é operado pela AJ Hackett Bungy, empresa do criador do bungee.




Logo depois que a Carla tirou essa foto, bateu uma ventania incrível e adivinhem...??? o meu certificado voou longe! Não acreditei!! É claro que fomos imediatamente falar com a galera da organização e rapidinho eles resolveram: ganhei outro certificado...UFA!




De tarde fomos ao Hospital, Queenstown Medical Centre. Utilizamos pela primeira vez o seguro saúde da World Nomads. Escolhemos este hospital, pois fica bem no centro da cidade. Entretanto, esta não é a maneira correta de ser atendido pelo seguro. Sempre que puder, telefone ou escreva um e-mail para a seguradora informando sua localização e aí eles lhe informam o local do atendimento. Resultado, mofamos algumas horas no hospital até sermos atendidos. O doutor nos atendeu muito bem e passou a medicação para a Carla. Diagnóstico: diverticulite.

No dia 26 de janeiro, descansamos pela manhã e à tarde fizemos o impressionante passeio do Shotover Jet às 14h. Primeiro pelo lugar, um canion incrível no rio Shotover, depois pela emoção. O piloto da lancha chega até 90 km por hora de velocidade, tirando “fino” de centímetros das rochas e pedras nas margens do rio, além de fazer 8 cavalos de pau. O coração vem na boca!







Havíamos reservado um dia para irmos ao Milfourd Sound, onde faríamos um passeio pelos fiordes da NZ, mas desistimos, pois seriam 5 horas de carro até lá. Já havíamos tido uma experiência parecida na entrada da balsa na Ilha Sul e o tempo não estava ajudando. Como não havia mais quartos disponíveis no YHA, tivemos de mudar para o Nomads Queenstown Backpackers, bem pertinho de onde estávamos. Ótima opção. Ficamos em um quarto privativo com banheiro e uma varanda sensacional com vista para o teleférico e para o lago da cidade.




Dia seguinte, sexta-feira, pela manhã passeamos pelo parque em frente ao lago e a tarde subimos no Skyline, teleférico que nos leva ao Luge e ainda, podemos contemplar a beleza de Queenstown. Luge é o mesmo carinho estilo rolimã que já havíamos visto em Rotorua mas só aqui nós encaramos. Foram cinco descidas cheias de adrenalina. Numa delas exagerei na velocidade e tombei feio... Muito legal!






Dia 28 de janeiro partimos no voo das 12:10 h pela Jetstar para Austrália, mais precisamente, Sydney. Achamos a NZ um país fantástico! Para mim, o melhor de todo o mochilão. Um povo extremamente educado, cidades muito seguras, ótimas em termos de qualidade de vida, IDH - Índice de Desenvolvimento Humano: 0,907 (muito alto) - 3° lugar no ranking mundial. Além de cidades charmosas, natureza privilegiada, com muitas estradas e trilhas com paisagens que são verdadeiros cenários de filmes. Nos encantaram e MUITO! Pra encerrar com chave de ouro, o tempo neste dia estava bom e do avião avistamos as geleiras no topo dos morros, cercados de lagos exuberantes!






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